Ela gritou. Gritou até perder o fôlego, até seu pulmão implorar por oxigênio, até suas veias de sua garganta saltarem, até seu rosto ficar completamente vermelho.
Ela chorou. Chorou até seus olhos também ficarem vermelhos, até seus soluços passarem, até aquela sensação ir embora.
Ela bateu. Bateu até não sentir mais sua mão, até não sentir a dor, até quebrar seus dedos na parede.
Ela riu. Riu porque achou que estava ficando louca, que aquela era a solução, que ela estava exagerando.
O riso passou.
As batidas passaram.
Ela apenas deitou-se, chorou e gritou, enquanto pensava que aquele não era o fim.
O fim estava longe e ela sabia que se ela tentasse, conseguiria.
"Quem quer, consegue", "Querer é poder"... Não é isso que as pessoas falam?
Se é isso que você quer, você vai ter.
sábado, 28 de agosto de 2010
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
day by day.
palavras que uma menina não deveria falar passavam pela sua cabeça. ela queria gritar em alto e bom som.
se todas aquelas palavras fizessem a dor dela diminuir, ela gritaria até sua voz, seu fôlego e sua raiva passarem.
um relógio ao fundo começou a anunciar a hora: doze badaladas.
o dia havia mudado. não era mais aquele dia que ela havia levantado bem e ido dormir mal.
agora era novo dia... as doze badaladas já tinham terminado.
o dia começava mal, mas depois de dormir, tudo voltaria ao normal e estaria tudo bem.
se todas aquelas palavras fizessem a dor dela diminuir, ela gritaria até sua voz, seu fôlego e sua raiva passarem.
um relógio ao fundo começou a anunciar a hora: doze badaladas.
o dia havia mudado. não era mais aquele dia que ela havia levantado bem e ido dormir mal.
agora era novo dia... as doze badaladas já tinham terminado.
o dia começava mal, mas depois de dormir, tudo voltaria ao normal e estaria tudo bem.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
soneto do dia.
você voltou.
apareceu do nada.
pode ter me deixado atrapalhada.
mas você voltou.
talvez você não tenha voltado.
acho que é só minha imaginação.
tudo isso vai ficar em vão.
então, por favor, fique calado.
eu quero uma trégua.
não fale palavras bonitas,
muito menos as que me fazem arrepiar.
não siga minhas regras,
não deixe isso só na forma escrita.
mas me faça te amar.
apareceu do nada.
pode ter me deixado atrapalhada.
mas você voltou.
talvez você não tenha voltado.
acho que é só minha imaginação.
tudo isso vai ficar em vão.
então, por favor, fique calado.
eu quero uma trégua.
não fale palavras bonitas,
muito menos as que me fazem arrepiar.
não siga minhas regras,
não deixe isso só na forma escrita.
mas me faça te amar.
domingo, 8 de agosto de 2010
father's day.

dia dos pais. não é um dia normal.
por mais que haja diferença entre essa pessoa que se considera o único homem da sua vida, é ele que você ama.
mas família... família é uma só. independente de mudanças, das inúteis até as drásticas, ela continua sendo uma só.
as coisas mudam, o tempo muda, as pessoas mudam.
separações e reaproximações, brigas e brincadeiras... assim é a vida.
só espero que no final, você esteja lá, comigo.
change it.
"por quê?", ela implorava. "só me diga isso."
a paciência estava se esgotando; não demoraria muito para explodir.
o tempo nunca fora um dos seus camaradas. se ele quisesse se resolver com ela, precisaria se acalmar. enquanto a via gesticulando, com lágrimas em seus olhos que costumavam ser uma de suas distrações favoritas, seu pensamento o tirou dali, daquele momento.
a voz dela anulou-se; um silêncio fora ouvido brevemente, antes das lembranças invadirem sua mente. lembrou-se dos seus desejos, vontades e metas. lembrou do que queria na sua vida há uns anos e percebeu que não tinha chegado perto de nenhum deles.
seu desejo de viajar pelo mundo nunca fora se tornado realidade por causa da donzela que simplesmente não queria ir, sem nenhum motivo. as vontades dele eram sempre interpretadas como loucuras e não adiantava ele dizer que não se importava com os outros, porque ela se importava. sua meta de vida, desde suas propostas de trabalho até a cor da parede de seu próprio apartamento, nunca parecia ser bom o suficiente para ela.
ela não era uma rainha. por mais que o relacionamento estivesse em uma monarquia.
ele demorou para perceber no que sua vida havia se tornado.
aquele relacionamento que não parecia ser como o início. aliás, esse era o xis da questão, esse era o porquê daquela conversa.
"não dá mais certo..."
"claro que dá." suas mãos já trêmulas; o medo da rejeição. "tudo sempre deu certo pra gent..."
"não se atreva a dizer para gente. sempre deu certo para você. eu fazia tudo que você queria."
ela não sabia como era ser rejeitada; ela era aquela quem rejeitava, nunca o contrário.
as lágrimas ainda desciam pelo seu rosto, quando ele voltou ao presente momento.
"não tenho mais paciência." fora sua resposta.
os gritos poderiam ser ouvidos de longe. ele ignorou, deu-lhe às costas e seguiu seu caminho.
a paciência estava se esgotando; não demoraria muito para explodir.
o tempo nunca fora um dos seus camaradas. se ele quisesse se resolver com ela, precisaria se acalmar. enquanto a via gesticulando, com lágrimas em seus olhos que costumavam ser uma de suas distrações favoritas, seu pensamento o tirou dali, daquele momento.
a voz dela anulou-se; um silêncio fora ouvido brevemente, antes das lembranças invadirem sua mente. lembrou-se dos seus desejos, vontades e metas. lembrou do que queria na sua vida há uns anos e percebeu que não tinha chegado perto de nenhum deles.
seu desejo de viajar pelo mundo nunca fora se tornado realidade por causa da donzela que simplesmente não queria ir, sem nenhum motivo. as vontades dele eram sempre interpretadas como loucuras e não adiantava ele dizer que não se importava com os outros, porque ela se importava. sua meta de vida, desde suas propostas de trabalho até a cor da parede de seu próprio apartamento, nunca parecia ser bom o suficiente para ela.
ela não era uma rainha. por mais que o relacionamento estivesse em uma monarquia.
ele demorou para perceber no que sua vida havia se tornado.
aquele relacionamento que não parecia ser como o início. aliás, esse era o xis da questão, esse era o porquê daquela conversa.
"não dá mais certo..."
"claro que dá." suas mãos já trêmulas; o medo da rejeição. "tudo sempre deu certo pra gent..."
"não se atreva a dizer para gente. sempre deu certo para você. eu fazia tudo que você queria."
ela não sabia como era ser rejeitada; ela era aquela quem rejeitava, nunca o contrário.
as lágrimas ainda desciam pelo seu rosto, quando ele voltou ao presente momento.
"não tenho mais paciência." fora sua resposta.
os gritos poderiam ser ouvidos de longe. ele ignorou, deu-lhe às costas e seguiu seu caminho.
sábado, 7 de agosto de 2010
you feel down and blue.
foram 30 dias sem fazer nada. absolutamente nada que fosse ligado à matérias, apostilas, lições e derivados.
e depois de uma semana com a rotina de volta, o mundo pareceu desabar.
muitas risadas e, de repente, um rio de lágrimas caindo pela face.
a garganta parece estar se fechando, os olhos começam a queimar, o peito parece triplicar e o oxigênio que está sendo inspirado não parece o suficiente pra fazer toda essa sensação passar.
se fosse só a pressão atmosférica que estivesse sufocando, tudo estaria perfeita e completamente bem. mas não. pessoas induzem pressão, sendo direta ou indiretamente.
em breve uma explosão poderia acontecer. ou essa é a explosão?
falar, desabafar, escrever, digitar... nem isso tirou tudo que estava nas costas.
uma mensagem cairia bem. um banho, talvez. uma bebida quente, quem sabe?
talvez o melhor fosse a cama e uns bons e pesados cobertores por causa desse frio congelante.
e depois de uma semana com a rotina de volta, o mundo pareceu desabar.
muitas risadas e, de repente, um rio de lágrimas caindo pela face.
a garganta parece estar se fechando, os olhos começam a queimar, o peito parece triplicar e o oxigênio que está sendo inspirado não parece o suficiente pra fazer toda essa sensação passar.
se fosse só a pressão atmosférica que estivesse sufocando, tudo estaria perfeita e completamente bem. mas não. pessoas induzem pressão, sendo direta ou indiretamente.
em breve uma explosão poderia acontecer. ou essa é a explosão?
falar, desabafar, escrever, digitar... nem isso tirou tudo que estava nas costas.
uma mensagem cairia bem. um banho, talvez. uma bebida quente, quem sabe?
talvez o melhor fosse a cama e uns bons e pesados cobertores por causa desse frio congelante.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
let her go. or hold her.
algo a sufocava e ela queria gritar. ele esperava uma reposta.
queria dizer todos os seus segredos mais secretos, queria mostrar todos os seus tipos de sorrisos, queria fazer tudo e queria fazer nada. queria dançar descontroladamente e lentamente, queria fingir que era a princesa e queria fingir que era a bruxa. queria ser a indefesa e ser a ousada.
queria ser os inversos, os opostos, os contrários, os avessos, os adversos... queria experimentar o oito e o oitenta.
ela queria dizer tudo e não se importar, e depois se importar só um pouco, e depois bastante, até chegar a hora de pedir desculpa para ele. e logo depois não se importar de novo, mandando-o embora. ela riria alto. de repente não saberia por que estava rindo e perceberia que não é isso que ela quer. ela perceberia que o quer o mais próximo que puder tê-lo.
quando ele estivesse quase atravessando a linha que os separaria, ela gritaria para ele, dizendo para esperá-la. correria em sua direção, jogando seu corpo sobre o corpo dele, pulando nos seus braços fortes, abraçando-o com suas pernas. ela perceberia que ele é o que ela precisa.
ela não ligaria se a achassem louca ou normal, se estivesse chovendo ou tivesse um sol no céu. não ligaria para nada e ligaria para tudo.
ele a entenderia no final, abraçando-a de volta, sentindo que dentro daquele corpo há muitas emoções e ele gostaria de experimentar todas, contanto que estivesse com ela.
algo a sufocava e ela queria gritar. e agora ela sabia o que ela precisava gritar.
mas ela não precisava gritar; podia sussurrar ou apenas dizer normalmente.
ela descobriu que o que a sufocava era chamado amor. então ela somente aproximou-se dele, abraçando-o calmamente, como sempre, e disse:
- eu te amo.
queria dizer todos os seus segredos mais secretos, queria mostrar todos os seus tipos de sorrisos, queria fazer tudo e queria fazer nada. queria dançar descontroladamente e lentamente, queria fingir que era a princesa e queria fingir que era a bruxa. queria ser a indefesa e ser a ousada.
queria ser os inversos, os opostos, os contrários, os avessos, os adversos... queria experimentar o oito e o oitenta.
ela queria dizer tudo e não se importar, e depois se importar só um pouco, e depois bastante, até chegar a hora de pedir desculpa para ele. e logo depois não se importar de novo, mandando-o embora. ela riria alto. de repente não saberia por que estava rindo e perceberia que não é isso que ela quer. ela perceberia que o quer o mais próximo que puder tê-lo.
quando ele estivesse quase atravessando a linha que os separaria, ela gritaria para ele, dizendo para esperá-la. correria em sua direção, jogando seu corpo sobre o corpo dele, pulando nos seus braços fortes, abraçando-o com suas pernas. ela perceberia que ele é o que ela precisa.
ela não ligaria se a achassem louca ou normal, se estivesse chovendo ou tivesse um sol no céu. não ligaria para nada e ligaria para tudo.
ele a entenderia no final, abraçando-a de volta, sentindo que dentro daquele corpo há muitas emoções e ele gostaria de experimentar todas, contanto que estivesse com ela.
algo a sufocava e ela queria gritar. e agora ela sabia o que ela precisava gritar.
mas ela não precisava gritar; podia sussurrar ou apenas dizer normalmente.
ela descobriu que o que a sufocava era chamado amor. então ela somente aproximou-se dele, abraçando-o calmamente, como sempre, e disse:
- eu te amo.
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