quarta-feira, 3 de agosto de 2011

my dear.

Querido,

Boa noite.

O negócio é o seguinte: eu não sei mais o que fazer. Eu tento, viro, reviro e me contorço. E nada faz sentido.
Sabe essa pessoa que está lendo? É, você mesmo. Eu quero você.
Te pegaria no meu carro, daríamos uma volta por aí, em qualquer lugar. Pararíamos e correríamos. A lua estaria cheia e brilhante sobre nós. Não precisaríamos ir tão longe... Na esquina, na sua casa ou na minha. Só a companhia era o que importava. É como eles dizem que o que importa é ser feliz... E eu sei que acharia a minha felicidade com você. Não que eu não esteja feliz no momento... Longe disso! Estou bem. Mas eu poderia estar melhor e, talvez, até você estaria mais feliz, não? Veria seu lindo sorriso e saberia que era para mim.
Mas estou aqui, te esperando... E nada acontece.
Deveria seguir em frente, esquecer e coisa e tal. Mas deveria é uma palavra que não deveria existir no meu vocabulário. Ela sempre está lá quando não deveria. Como você, mas o oposto. Você nunca está lá quando, na verdade, deveria.
Não sei se te espero. Desisto ou vivo com uma expectativa de que você um dia irá voltar?
Talvez não volte. Provavelmente não. Com certeza não.
Lembro do dia de que te perguntei: "Por que a gente não se esquece?", como a letra da música. Você rapidamente completou com o próximo verso, não sabendo que estava me machucando quando pronunciou aquelas palavras: "Devia ser assim, mas não acontece." Devia ser assim? A gente tinha que se esquecer? Por mais que fosse uma pergunta - e olha que naquele momento eu nem havia me lembrado da letra da música -, aquela não era a resposta que eu queria ter escutado.
Penso em desistir de novo, pois não sei se consigo viver com tanta incerteza na minha vida.
Mas eis que aparece um sinal de fumaça no céu e está escrito as mesmas palavras que você costumava me dizer todas as noites.
Você vai, volta e vira tudo de ponta cabeça.
Eu viro, reviro e fico do avesso.
Queria uma resposta. Aguardo por uma.
Aguardo por uma que nunca vou ter.

Atenciosamente,
Sua.

6 comentários:

Babi Dewet disse...

Que post lindo *_*

Rita de Holanda disse...

Estou sentindo tão parecido com o que suas palavras falam.. espero que passe. Acho que passa logo..
beijos : )

Lilah disse...

Nossa, eu nem sei o que dizer. Queria imprimir teu post e recitar ele para uma certa pessoa... hohoho
Adorei *-*

Retornei ao mundo dos blogs o/ saudade disso ^^

VELOSO disse...

Olha eu precisava ouvir isso!

Guilherme disse...

vida: essa coisa confusa e desordenada

Anônimo disse...

Curti muito o texto! Senti parecido muito recentemente. Talvez ainda sinta, mas já não quero admitir. :P